O Teatro Municipal da Guarda (TMG) reinicia a sua atividade presencial a partir de 19 de abril, com a terceira fase de desconfinamento. A primeira iniciativa que marcará esta reabertura será a exposição/instalação de arte digital designada aMostra_v.0.1 >>no luzente alcantil da magnitude >>> Poesia digital no TMG e que vai decorrer de 22 a 28 de abril. Esta mostra junta o trabalho de dez artistas locais, nacionais e internacionais e conta com a curadoria de VJ ManuHell e Pushkhy, ambos com raízes artísticas na Guarda.
Ao longo desses sete dias, a arte digital apresenta-se em formato inédito na cidade da Guarda, nas suas mais diversas abordagens e conta com obras de artistas com um vasto currículo e historial de presenças em festivais, Vídeo Mapping e performances. Esta exposição inclui obras dos portugueses David Negrão, Pedro Zaz e Desy Ysed, num registo diferente do habitual, @s brasileir@s Astronauta Mecanico e Caio Fazolin, a artista ucraniana radicada em Moscovo VJkET, a italiana Carlotta Premazzi, a sueca IAKDS e o duo franco-húngaro Manu Kaleido & Éri Viràg. Para além destes, a aMostra_v.0.1 acrescenta três outras instalações da autoria dos seus curadores, VJ ManuHell e Pushkhy, designadas 'Dilema', 'Per se' e 'Pó Húmido'. Estas obras audiovisuais foram executadas no âmbito de uma recente residência artística no TMG, ao abrigo do programa INCENTIVARTE - Incubadora de projetos artísticos.
Trata-se de «uma iniciativa original, no âmbito da programação do TMG, que tem o mérito de trazer de novo às suas raízes, jovens artistas guardenses que se estão a afirmar no panorama internacional das artes digitais e visuais, provando que a nossa aposta na Cultura é o caminho certo para atrair e fixar talento e, com isso, estamos ainda a promover mais qualidade de vida e desenvolvimento na região», explica, a propósito da aMostra v.0.1, o presidente da Câmara Municipal da Guarda, Carlos Chaves Monteiro. Um projeto que se inscreve por isso na ambição de envolvimento e vitalidade criativa de jovens artistas da Guarda e região no âmbito do processo da Candidatura da Guarda a Capital Europeia da Cultura em 2027.
A aMostra_v.0.1 garante uma experiência sensorial totalmente distinta de outras exposições, desde logo por decorrer nos espaços não convencionais do teatro, através de um percurso predefinido e guiado pelo ator Valdemar Santos que interpreta Crates da Caverna. Em cada recanto, uma obra digital é desvendada como uma surpresa, com novas emoções.
Para Manuel Borges (VJ ManuHell), «a divulgação das artes digitais é um dos principais objetivos desta aMostra, na sua versão 0.1: Por um lado, as pessoas não entendem muito bem o que é a arte digital, as novas tecnologias, os novos conceitos. Por outro, o mundo artístico é um dos setores mais afetados pela pandemia, do teatro à música, da pintura e escultura e às artes circenses, pelo que não podemos deixar morrer a chama da arte. Todos os artistas aproveitaram o último ano para criar, na expetativa de poder mostrar, e nós não somos exceção. Contamos apenas com a vantagem de que a criatividade e a adaptabilidade do artista, aliados à versatilidade da arte digital, conseguem sempre chegar ao público em todos os tipos de espaço e independentemente de quaisquer restrições de distanciamento social», refere o artista.
Por sua vez, Pushkhy salienta «um jogo de palavras e significados muito sério, mostra aMostra. Na nossa pipeta um pouco do DNA contemporâneo (Digital Nurturing Art), a nossa placa de Petri o Teatro Municipal da Guarda, o nosso meio de cultura, a resiliência em solução saturada de irreverência. E esperança! Que aMostra_v.0.1 possa representar o cessar da guerra sanitária que venceremos. Uma imagem vale mais que mil palavras, mas quantas palavras e quantas imagens valerá uma sensação…?!»
Já coordenador e programador do TMG, Victor Afonso, considera que «a iniciativa marca, de forma original e inédita, o recomeçar das atividades culturais do TMG. Tratando-se de uma proposta artística assente em linguagens multimédia e audiovisuais contemporâneas que dialogam com o espaço físico em volta e que vão ocupar diversos espaços inusitados do Teatro, esta aMostra_v.0.1 constitui um impactante e surpreendente desafio para os públicos.»
Devido às atuais restrições impostas pelo Estado de Emergência, esta viagem dos sentidos pela aMostra_v.0.1 está sujeita a marcações prévias para as três sessões diárias das escolas durante a manhã e/ou tarde, e as duas sessões diárias para o público em geral: às 19h00 e 20h30. As sessões serão realizadas em pequenos grupos de 10 pessoas e têm a duração de 70 minutos, aproximadamente. A entrada é gratuita. As marcações deverão ser feitas diretamente na bilheteira do teatro através do telefone 271 205 241 ou do email, bilheteira@tmg.com.pt
A Cultura é segura!