Município da Guarda

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Nova edição do Festival Aguarda Músicas do Mundo na Praça Luís de Camões, de 19 a 25 de julho, na Guarda

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18/07/2025
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Em 2025, a Praça Luís de Camões volta a ser o epicentro das iniciativas do “Guarda O Verão”, e de 19 a 25 de julho recebe mais uma edição do Festival Aguarda Músicas do Mundo.

Com sonoridades de diferentes estilos musicais, mas todas com muito ritmo e dinamismo, os espetáculos vão ser apresentados por artistas oriundos de diversas latitudes, nomeadamente do Brasil, Senegal, Roménia, Ucrânia, Cabo Verde e Portugal. Esta programação, do Município da Guarda através do Teatro Municipal, que está a celebrar 25 anos, é um convite para desfrutar do verão e do ar livre ao som de boa música.

Já amanhã, sábado, dia 19 de julho, sobe ao palco o músico, cantor, compositor e escritor luso-brasileiro Luca Argel. Com formação em música e mestrado em Literatura, a sua obra concilia arte e ativismo, explorando a história política do samba, abordando temas sociais como xenofobia e gentrificação. Lançou diversos álbuns, como “Samba de Guerrilha” (2021), e colaborou em projetos multidisciplinares, destacando-se pela inteligência das letras e originalidade.

A iniciar a semana, dia 21, Momi Maiga, músico, cantor e compositor senegalês de kora, faz as honras da casa com a sua voz cativante e a sua habilidade única de misturar a música da África Ocidental com jazz, flamenco e música clássica europeia. Os seus álbuns, “Nio” e “Kairo”, demonstram essa fusão inovadora. Nascido na prestigiada família de griots Cissokho, desde cedo, foi imerso na tradição musical Mandé, que ele honra e reinterpreta. Atualmente a residir na Catalunha, Momi Maiga é considerado uma das vozes mais distintas de uma nova geração de artistas africanos na Europa.

A dar continuidade a este Festival, dia 22 de julho, sobe ao palco a aclamada banda de brass band da Roménia, Fanfare Ciocarlia, reconhecida mundialmente pela sua energia explosiva e virtuosismo musical. Originária da pequena aldeia de Zece Prajini, a banda é composta por músicos romenos que tocam de ouvido, misturando tradições balcânicas com influências de jazz, pop e música turca. Com uma sonoridade única e performances eletrizantes, a Fanfare Ciocarlia cativou audiências em todo o mundo, tornando-se embaixadora da cultura musical dos Balcãs.

A meio da semana, 23 de julho, a cantora e compositora ucraniana radicada em Berlim, Ganna Gryniva é a protagonista da noite. Reconhecida na cena europeia de jazz e world music por combinar folclore ucraniano com jazz, música improvisada e eletrónica. Ganna pesquisa ativamente o património cultural da Ucrânia, viajando para diversas regiões para recolher canções tradicionais. Lançou álbuns aclamados como “HOME” com o seu quinteto ethno-jazz e o solo “KUPALA” (electro-folk), que receberam elogios da crítica e prémios de “Álbum do Ano”.

A celebrar a fusão de diferentes culturas e estilos, dia 24 de julho, Arapucagongon tomam conta do palco da Praça Velha para animar mais uma noite do Festival Aguarda Músicas do Mundo. Este projeto musical transatlântico, formado por Jhon Douglas e Henrique Silva, explora a fusão de elementos da cultura brasileira e cabo-verdiana. O grupo distingue-se por combinar instrumentos e ritmos tradicionais com sonoridades contemporâneas e eletrónicas. A sua música é uma tapeçaria rica que entrelaça elementos do folclore global, criando paisagens sonoras únicas e envolventes. Com uma abordagem experimental, Arapucagongon convida o público a uma viagem sonora que transcende fronteiras geográficas e culturais, explorando a riqueza da diversidade musical.

O encerramento deste Músicas do Mundo, no dia 25, fica a cargo do projeto português Crua e Sons do Douro. O repertório tradicional ibérico é ponto de partida para o encontro e o cantar afetivo do projeto Crua: seis mulheres, urbanas. O adufe, elemento sacral que norteia a exploração rítmica e vocal, não está só: bombo, crivos, pandeiretas, conchas, timbalão e outras percussões tradicionais criam o ensemble base. As canções, na sua maioria do repertório tradicional, são ponto de partida para reflexões transversais ao tempo. Vozes próximas do primal que convidam a uma experiência musical que remete ao passado e ao presente, entrelaçando geografias rurais e urbanas.

Imagem: Nova edição do Festival Aguarda Músicas do Mundo na Praça Luís de Camões, de 19 a 25 de ju