Município da Guarda

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Relavrar é nome de ciclo TMG dedicado à nova música de raiz tradicional

21/09/2016
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Oito concertos, uma oficina e um documentário fazem o cartaz do Ciclo Relavrar no Teatro Municipal da Guarda. Este é outro dos destaques da nova agenda do TMG, de setembro a dezembro de 2016. Trata-se de uma iniciativa dedicada à nova música de raiz tradicional que começa já esta semana com os concertos de OMIRI sexta, dia 23, no Café Concerto e de 'A Charanga', sábado, dia 24, no Pequeno Auditório. O ciclo prolongar-se-á até 9 de dezembro.

O ciclo surge numa altura de grande criatividade no que diz respeito à nova música de raiz tradicional. Bandas e músicos da nova geração, com experiências musicais muito diferentes, começaram a olhar de outra maneira para a herança tradicional portuguesa e até do mundo. A partir de felizes exemplos como o dos Gaiteiros de Lisboa, numa faceta, ou de João Aguardela noutra, estes novos músicos procuram a tradição musical do mundo rural para a refazer numa nova identidade, muitas vezes com o recurso a estilos musicais urbanos como o jazz, a eletrónica, o rock, a pop, o blues, ou a música erudita. Desta fusão de experiências estéticas surgem abordagens originais à música de origem tradicional.

Assim, no âmbito do Ciclo, há já dois espetáculos esta semana. O primeiro, dia 23 de setembro, às 22h00 com OMIRI. Projeto de um músico português que reinventa a música tradicional portuguesa recorrendo a vários instrumentos, recolhas sonoras e vídeo em tempo real. O segundo é dia 24 de setembro às 21h30 no Pequeno Auditório com A Charanga. Trata-se de um projeto de música eletrónica fortemente ligado às raízes tradicionais da cultura popular portuguesa onde o bombo, a gaita de fole e o adufe vivem em harmonia com os computadores e os sintetizadores.

Segue-se depois, a 4 de outubro, o documentário Porque Não Sou O Giacometti Do Século XXI, de Tiago Pereira. O filme passa no Pequeno Auditório. Tiago Pereira faz recolhas e gravações de campo desde 2011 com cantautores e instrumentistas do Portugal profundo, anónimos que deixam de o ser.

No dia 6 de outubro, um outro Tiago Pereira (Roncos do Diabo, Grupo de Percussão de Valhelhas) orienta a Oficina Ritmos da Tradição, uma sessão que explora a capacidade rítmica e sonora de diferentes instrumentos de percussão portugueses. Esta oficina tem como destinatárias as crianças dos 6 aos 10 anos das escolas de 1º CEB.

A 8 de outubro, volta a música com os Sampladélicos. Atuam no Pequeno Auditório. Dois artistas apresentam recolhas de cantares tradicionais de todo o país, o espetáculo conta com manipulação de música e vídeo em tempo real.

Palankalama é o quarteto que se segue neste ciclo a 13 de outubro. Vêm do Porto e atuam no Café Concerto. Dedicam-se à música instrumental e misturam música tradicional de várias origens e imaginários.

Ainda em outubro, no dia 21, sobe ao palco do Pequeno Auditório um dos destaques do ciclo, o projeto Fandango de Gabriel Gomes (Sétima Legião e Madredeus) e Luís Varatojo (A Naifa). Um acordeão e uma guitarra portuguesa aliam-se à música eletrónica.

Eles são os cabeças de cartaz do Ciclo Relavrar: Carmen Souza & Theo Pascal trazem jazz com aroma a mornas de Cabo Verde, ao Grande Auditório, no dia 5 de novembro.

recordamos que a cantora Carmen Souza foi recentemente nomeada para os mais importantes prémios de música africana, os 'All Africa Music Awards', na categoria de 'Best African Jazz'.

Segue-se o projeto Lumo a 18 de novembro no Café Concerto. Um trio composto por acordeão, contrabaixo e guitarra que reinterpreta músicas tradicionais de várias geografias.

O Ciclo Relavrar termina a 9 de dezembro com o concerto de Marafona no Pequeno Auditório. A partir de uma teia de referências e paixões, este projeto pega na identidade nacional reinventando o som tradicional.

O bilhete único que dá acesso a todos os espetáculos do ciclo custa 20 euros.

Mais informação e bilhetes para os espetáculos aqui.

Imagem: Relavrar é nome de ciclo TMG dedicado à nova música de raiz tradicional